García Juliá perpetrou a massacre da Atocha junto a uma milícia fascista de seguidores do falecido notário Blas Piñar, fundador do partido ultradireitista Força Nova.
Carlos García Juliá, condenado por participar de um atentado terrorista em Madri, na Espanha, em 1977, e que está preso no Brasil desde o ano passado, será extraditado nesta quinta-feira, informou nesta terça-feira o advogado de defesa, Daniel Mourad Majzoub.
Ainda de acordo com o defensor, os detalhes do traslado e os horários do voo não serão divulgados por questões de segurança, mas a chegada à Espanha está prevista inicialmente para sexta-feira.
O Ataque
Em 24 de janeiro de 1977, vários homens armados invadiram o escritório de advocacia trabalhista da organização sindical Comissões Operárias, localizado na rua Atocha, 55, no centro de Madri. Mataram três advogados trabalhistas (Enrique Valdelvira Ibáñez, Luis Javier Benavides Orgaz e Francisco Javier Sauquillo), o estudante de Direito Serafín Holgado e o funcionário administrativo Ángel Rodríguez Leal. Quatro outras pessoas ficaram gravemente feridas.
García Juliá perpetrou a massacre da Atocha junto a uma milícia fascista de seguidores do falecido notário Blas Piñar, fundador do partido ultradireitista Força Nova. José Fernández Cerra, que também foi condenado a 193 anos como executor, e Francisco Albaladejo, que recebeu pena de 73 anos como indutor, o acompanharam no crime. Fernando Lerdo de Tejada foi processado, mas fugiu antes de se sentar no banco dos réus. Em sua sentença, a Audiência Nacional considerou que, junto do também processado Leocadio Jiménez Caravaca, eles compunham um “grupo ativista e ideológico, defensor de uma ideologia política radicalizada e totalitária, desconforme com a mudança institucional que estava se dando na Espanha”.
A matança de Atocha se tornou um dos símbolos da transição espanhola para a democracia. Ocorreu quando faltavam dois meses para a legalização do Partido Comunista da Espanha (PCE, ao qual as Centrais Operárias estavam vinculadas na época) e a cinco da realização das primeiras eleições democráticas após quatro décadas da ditadura de Francisco Franco (1936-75).
A prisão e extradição
Foragido desde 1994, García Juliá foi capturado no Brasil em 6 de dezembro de 2018, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em dezembro de 2019, a extradição de Carlos García Juliá.
O ministério das Relações Exteriores informou que o presidente Jair Bolsonaro autorizou a extradição e que García Juliá está apto para ser entregue à Espanha em um prazo de 60 dias.
A Justiça espanhola quer que García Juliá, hoje com mais de 65 anos, cumpra os 10 anos de prisão restantes da sentença de 30 anos recebida em 1980 pelo assassinato de cinco pessoas.
Foto:Reprodução
Ainda de acordo com o defensor, os detalhes do traslado e os horários do voo não serão divulgados por questões de segurança, mas a chegada à Espanha está prevista inicialmente para sexta-feira.
O Ataque
Em 24 de janeiro de 1977, vários homens armados invadiram o escritório de advocacia trabalhista da organização sindical Comissões Operárias, localizado na rua Atocha, 55, no centro de Madri. Mataram três advogados trabalhistas (Enrique Valdelvira Ibáñez, Luis Javier Benavides Orgaz e Francisco Javier Sauquillo), o estudante de Direito Serafín Holgado e o funcionário administrativo Ángel Rodríguez Leal. Quatro outras pessoas ficaram gravemente feridas.
García Juliá perpetrou a massacre da Atocha junto a uma milícia fascista de seguidores do falecido notário Blas Piñar, fundador do partido ultradireitista Força Nova. José Fernández Cerra, que também foi condenado a 193 anos como executor, e Francisco Albaladejo, que recebeu pena de 73 anos como indutor, o acompanharam no crime. Fernando Lerdo de Tejada foi processado, mas fugiu antes de se sentar no banco dos réus. Em sua sentença, a Audiência Nacional considerou que, junto do também processado Leocadio Jiménez Caravaca, eles compunham um “grupo ativista e ideológico, defensor de uma ideologia política radicalizada e totalitária, desconforme com a mudança institucional que estava se dando na Espanha”.
A matança de Atocha se tornou um dos símbolos da transição espanhola para a democracia. Ocorreu quando faltavam dois meses para a legalização do Partido Comunista da Espanha (PCE, ao qual as Centrais Operárias estavam vinculadas na época) e a cinco da realização das primeiras eleições democráticas após quatro décadas da ditadura de Francisco Franco (1936-75).
A prisão e extradição
Foragido desde 1994, García Juliá foi capturado no Brasil em 6 de dezembro de 2018, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, em dezembro de 2019, a extradição de Carlos García Juliá.
O ministério das Relações Exteriores informou que o presidente Jair Bolsonaro autorizou a extradição e que García Juliá está apto para ser entregue à Espanha em um prazo de 60 dias.
A Justiça espanhola quer que García Juliá, hoje com mais de 65 anos, cumpra os 10 anos de prisão restantes da sentença de 30 anos recebida em 1980 pelo assassinato de cinco pessoas.
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