Há 24 anos, o rock brasileiro perdia uma de suas bandas mais inusitadas e alegres: O Mamonas Assassinas. Anteriormente chamados de Utopia, o grupo formado em Guarulhos misturava um rock cômico com o pop e abusava de várias influências dos mais diversos gêneros populares, como o sertanejo, o brega, o forró, entre outros. O único álbum gravado pelos artistas, lançado em julho de 1995, vendeu mais de 3 milhões de cópias.
O sucesso meteórico levou o grupo a tocar nos mais diversos cantos do Brasil — sempre com multidões os acompanhado. Em 2 de março de 1996, Dinho, Bento Hiroto, Júlio Rasec e Sérgio Reoli foram a Brasília para mais uma de suas apresentações. No entanto, as 4.5 mil pessoas que acompanharam o concerto mal sabiam, mas presenciariam aquela que seria a última apresentação dos Mamonas antes do seu trágico fim.
O grupo chegou à capital federal por volta das 18h15, menos de duas horas antes do espetáculo. Sempre alegres, agitaram a multidão ainda fora do estádio Mané Garrincha, que teve suas ruas tomadas por um verdadeiro mar de gente que esperava ansiosamente pelo show.
A irreverência dos artistas no palco alegrou os brasilienses durante uma hora e meia. A apresentação marcava o fim da turnê do primeiro disco da banda, que se apresentou em 200 ocasiões — tendo até 4 shows por dia. De lá, eles voltariam para São Paulo e, depois, partiriam para Portugal, onde iniciariam sua turnê internacional. Entretanto, o voo jamais cumpriria sua primeira viagem.
Por volta das 23h16, o jatinho Learjet acabou colidindo contra a Serra da Cantareira após uma tentativa de arremetida do piloto. Ironicamente, Brasília, considerada o berço do rock and roll, se tornou o sepulcro da última apresentação da banda.
O acidente matou todos a bordo: os integrantes do grupo (com idades entre 22 e 28 anos), piloto e copiloto, além de dois funcionários da banda, o segurança e o roadie – que, inclusive, era primo de Dinho.
A causa teria sido uma manobra errada feita pelo piloto, Jorge Germano Martins, mas muitos detalhes permeiam o caso da morte do grupo, incluindo as condições meteorológicas.
Vários fatores contribuíram para o acidente na Serra da Cantareira, entre eles a inexperiência do copiloto, Alberto Takeda, que tinha horas insuficientes para aquele tipo e modelo de aeronave.
Outro ponto teria sido a fadiga do piloto que, segundo apontou o relatório final da Aeronáutica, foi submetido a uma jornada de trabalho exaustiva. Ao todo, ele fez um expediente de 16h30, sendo que o máximo permitido era 11 horas de voo.
Martins pilotou a aeronave em 1º de março, de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul) para Piracicaba (São Paulo), e no dia 2 fez o trajeto de Piracicaba a Guarulhos, de Guarulhos a Brasília e de Brasília de volta a Guarulhos.
Portanto, o cansaço pode ter sido o motivo para o piloto ter executado a manobra incorreta que causou o acidente. A torre de controle orientou que ele fizesse uma curva à direita ao arremeter, mas ele virou à esquerda. Exatamente 50 segundos depois, o jato bateu no solo. Ao todo, foram nove mortos.
Na época, as autoridades suspeitaram que o uso de um celular encontrado em meio aos destroços pudesse ter causado interferência na comunicação entre os pilotos e a torre de controle, mas a possibilidade foi descartada meses depois, e a hipótese sobre a exaustão física e mental de Martins ganhou força.
Com informações da Revista Cifra e Aventuras na história
Foto:Reprodução
O grupo chegou à capital federal por volta das 18h15, menos de duas horas antes do espetáculo. Sempre alegres, agitaram a multidão ainda fora do estádio Mané Garrincha, que teve suas ruas tomadas por um verdadeiro mar de gente que esperava ansiosamente pelo show.
A irreverência dos artistas no palco alegrou os brasilienses durante uma hora e meia. A apresentação marcava o fim da turnê do primeiro disco da banda, que se apresentou em 200 ocasiões — tendo até 4 shows por dia. De lá, eles voltariam para São Paulo e, depois, partiriam para Portugal, onde iniciariam sua turnê internacional. Entretanto, o voo jamais cumpriria sua primeira viagem.
Por volta das 23h16, o jatinho Learjet acabou colidindo contra a Serra da Cantareira após uma tentativa de arremetida do piloto. Ironicamente, Brasília, considerada o berço do rock and roll, se tornou o sepulcro da última apresentação da banda.
Imagem aérea do local do acidente. Bombeiros trabalhavam no resgate, na Serra da Cantareira, em São Paulo/Foto: Reprodução Band
A causa teria sido uma manobra errada feita pelo piloto, Jorge Germano Martins, mas muitos detalhes permeiam o caso da morte do grupo, incluindo as condições meteorológicas.
Vários fatores contribuíram para o acidente na Serra da Cantareira, entre eles a inexperiência do copiloto, Alberto Takeda, que tinha horas insuficientes para aquele tipo e modelo de aeronave.
Outro ponto teria sido a fadiga do piloto que, segundo apontou o relatório final da Aeronáutica, foi submetido a uma jornada de trabalho exaustiva. Ao todo, ele fez um expediente de 16h30, sendo que o máximo permitido era 11 horas de voo.
Martins pilotou a aeronave em 1º de março, de Caxias do Sul (Rio Grande do Sul) para Piracicaba (São Paulo), e no dia 2 fez o trajeto de Piracicaba a Guarulhos, de Guarulhos a Brasília e de Brasília de volta a Guarulhos.
Portanto, o cansaço pode ter sido o motivo para o piloto ter executado a manobra incorreta que causou o acidente. A torre de controle orientou que ele fizesse uma curva à direita ao arremeter, mas ele virou à esquerda. Exatamente 50 segundos depois, o jato bateu no solo. Ao todo, foram nove mortos.
Na época, as autoridades suspeitaram que o uso de um celular encontrado em meio aos destroços pudesse ter causado interferência na comunicação entre os pilotos e a torre de controle, mas a possibilidade foi descartada meses depois, e a hipótese sobre a exaustão física e mental de Martins ganhou força.
Com informações da Revista Cifra e Aventuras na história
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