RODRIGO MAIA PEDE DEMISSÃO DO SECRETÁRIO ROBERTO ALVIM POR CITAÇÃO NAZISTA

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), usou o Twitter na manhã desta sexta-feira, 17, para pedir o afastamento "urgente" do secretário especial da Cultura do Governo Federal, Roberto Alvim, após discurso que balançou as redes sociais. Maia escreveu:

"O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo"

A Secretaria de Cultura havia anunciado o Prêmio Nacional das Artes em um vídeo protagonizado pelo próprio Alvim que parafraseou um conhecido discurso do Ministro de Propaganda nazista Joseph Goebbels.

O vídeo do secretário gerou uma onda de críticas e levou o nome de Goebbels a ser um dos mais citados no Twitter durante a madrugada desta sexta.

Considerado "Guru" do presidente e dos bolsonaristas, o astrólogo Olavo de Carvalho, também comentou o trecho em que o secretário cita Goebbels, dizendo: "É cedo para julgar, mas o Roberto Alvim talvez não esteja muito bem da cabeça. Veremos", escreveu Carvalho em uma publicação no Facebook.

Coincidências demais

Após a repercussão negativa da sua fala, Alvim, fez uma nota de esclarecimento em sua conta no Facebook acerca do discurso. Ele disse que a "esquerda" está fazendo uma "falácia de associação remota" entre sua fala e o ideólogo do nazismo. Omite o fato de que recebeu críticas de seu guru, Olavo de Carvalho, e de outros expoentes da ala olavista da cultura.

"Com uma coincidência retórica em UMA frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira… É típico dessa corja", escreve Roberto Alvim em seu post.

"Repito: foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica. Eu não citei ninguém. E o trecho fala de uma arte heroica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro. Não há nada de errado com a frase. Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com UMA frase de um discurso de Goebbels… Não o citei e JAMAIS o faria", afirmou.

No final da mensagem, porém, o secretário elogia a ideia de Goebbels: "mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional".

Com informações do EM

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