Perdendo mercado para as tecnologias chinesas, os EUA tentam interferir nas negociações da china com outras nações usando o pressuposto da espionagem, porém o ex-analista da Agência Nacional de Segurança Americana (NSA), Edward Snowden, e o site Wikileaks expôs dados que comprovam que países como China e Brasil são constantemente espionados pelas agências norte-americanas.
O Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que não vetaria qualquer empresa de entrar no processo de concurso da rede rápida de quinta geração, argumentando que a decisão deve ser realizada puramente por mérito.
"Com critérios técnicos, é difícil ver como algumas dessas grandes empresas não terão capacidade de participar", disse ele citado pelo Bloomberg.
Em maio de 2019 o Google proibiu a segunda maior fabricante de smartphones do mundo, a Huawei, de fazer algumas atualizações no sistema operacional Android. Essa medida foi anunciada depois de o presidente Donald Trump, ter declarado emergência nacional para proteger as redes de computadores do país contra "adversários estrangeiros", resolução que foi voltada principalmente para a gigante de tecnologia chinesa. Dias depois o governo americano proibiu a comercialização dos produtos Huawei no país.
Desde então EUA ameaçam não compartilhar dados com membros da rede de nações de língua inglesa que instalar a infraestrutura 5G da Huawei, isso por que Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além dos EUA, as agências de espionagem têm uma relação bastante próxima e compartilham uma enorme quantidade de informações sigilosas. Além desse bloco, os EUA tentam interferir nas negociações entre outros países, como o Brasil.
Porém segundo Marcos Pontes, os EUA não devem interferir no processo de atribuição de licença da rede 5G no Brasil, "da mesma forma que o Brasil não fez pleito aos EUA sobre quais negócios fazer com a China, e como isso afeta ou não nossa agricultura".
Os governos dos EUA e Brasil de Donald Trump e Jair Bolsonaro estão próximos, incluindo nas áreas da ciência e tecnologia, referiu o ministro, que também é o primeiro e único astronauta brasileiro.
No entanto, há divergências no caso da China, que está fortemente influenciado pela necessidade do Brasil de investir na ciência e na tecnologia, que representa 1,1% do PIB, comparado com 4% de Israel, disse o ministro.
Brasil sofre um entrave adicional, porque o ministro da Economia Paulo Guedes quer limitar os subsídios no setor na medida do possível, por esta razão que uma política de incentivos fiscais às empresas do setor é justificada, de acordo com Marcos Pontes.
Estado do 5G no Brasil
Depois de um primeiro adiamento para o segundo semestre de 2020, o calendário do leilão da nova tecnologia de redes foi adiado novamente para 2021, devido a problemas técnicos relacionados à transmissão das antenas parabólicas e o atraso no anúncio do leilão.
No entanto, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações não está preocupado, pois a seu ver isso permite ao Brasil aprender com os erros e acertos de outros países em suas experiências iniciais com as redes 5G.
É fácil entender por que um governo desconfiaria de qualquer empresa com sede em um país rival.
Para ex-analista da Agência Nacional de Segurança Americana (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, há anos as agências de espionagem do país invadiam links de comunicação que conectam data centers de grandes empresas de tecnologia - incluindo Google e Yahoo - e tentavam minar sua criptografia.
Escalada americana contra a expansão chinesa
Há anos que os EUA vem travando uma guerra comercial no setor tecnológico com a china. No início da década o presidente Barack Obama iniciou uma caçada aos equipamentos eletrônicos chineses com apoio da National Security Agency (NSA) - em português Agência de Segurança Nacional - que passou a interceptar cargas de moldem e roteadores de internet usadas no país com a suposição de que poderiam está sendo espionados, o serviço buscava encontrar microchips nos equipamentos.
Além desse pressuposto, a China tem avançado no desenvolvimento de novas tecnologias, o que tem tomado o mercado internacional e diminuindo o consumo de produtos norte-americanos.
A própria Huawei, que se encontra no centro do debate entre Brasil e EUA e para muitos países, especialmente na África e na Ásia, o preço da tecnologia da empresa, comparado a equipamentos europeus e americanos, indica que a companhia chinesa vai continuar a ganhar uma enorme participação no mercado global.
Em novembro de 2019, o Departamento de Interior dos Estados Unidos proibiu o voo de seus drones fabricados na China ou com componentes chineses, dispositivos que, segundo Washington, podem representar um risco à segurança nacional.
O secretário David Bernhardt “revisa o programa de drones” do departamento e “ordenou que os drones fabricados na China ou com componentes chineses sejam proibidos de voar”, explicou um porta-voz em comunicado nesta quinta-feira.
O Departamento de Interior possuía 810 drones: 786 fabricados na China e 24 nos Estados Unidos com peças chinas.
A empresa chinesa DJI é líder desta tecnologia, com 70% do mercado mundial.
Gigante Chinesa está de olho no mercado brasileiro
"Com critérios técnicos, é difícil ver como algumas dessas grandes empresas não terão capacidade de participar", disse ele citado pelo Bloomberg.
Em maio de 2019 o Google proibiu a segunda maior fabricante de smartphones do mundo, a Huawei, de fazer algumas atualizações no sistema operacional Android. Essa medida foi anunciada depois de o presidente Donald Trump, ter declarado emergência nacional para proteger as redes de computadores do país contra "adversários estrangeiros", resolução que foi voltada principalmente para a gigante de tecnologia chinesa. Dias depois o governo americano proibiu a comercialização dos produtos Huawei no país.
Desde então EUA ameaçam não compartilhar dados com membros da rede de nações de língua inglesa que instalar a infraestrutura 5G da Huawei, isso por que Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além dos EUA, as agências de espionagem têm uma relação bastante próxima e compartilham uma enorme quantidade de informações sigilosas. Além desse bloco, os EUA tentam interferir nas negociações entre outros países, como o Brasil.
Porém segundo Marcos Pontes, os EUA não devem interferir no processo de atribuição de licença da rede 5G no Brasil, "da mesma forma que o Brasil não fez pleito aos EUA sobre quais negócios fazer com a China, e como isso afeta ou não nossa agricultura".
Os governos dos EUA e Brasil de Donald Trump e Jair Bolsonaro estão próximos, incluindo nas áreas da ciência e tecnologia, referiu o ministro, que também é o primeiro e único astronauta brasileiro.
No entanto, há divergências no caso da China, que está fortemente influenciado pela necessidade do Brasil de investir na ciência e na tecnologia, que representa 1,1% do PIB, comparado com 4% de Israel, disse o ministro.
Brasil sofre um entrave adicional, porque o ministro da Economia Paulo Guedes quer limitar os subsídios no setor na medida do possível, por esta razão que uma política de incentivos fiscais às empresas do setor é justificada, de acordo com Marcos Pontes.
Estado do 5G no Brasil
A tecnologia 5G revoluciona os celulares e muitos outros dispositivos da gigante Huawei.
No entanto, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações não está preocupado, pois a seu ver isso permite ao Brasil aprender com os erros e acertos de outros países em suas experiências iniciais com as redes 5G.
É fácil entender por que um governo desconfiaria de qualquer empresa com sede em um país rival.
Para ex-analista da Agência Nacional de Segurança Americana (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, há anos as agências de espionagem do país invadiam links de comunicação que conectam data centers de grandes empresas de tecnologia - incluindo Google e Yahoo - e tentavam minar sua criptografia.
Escalada americana contra a expansão chinesa
Há anos que os EUA vem travando uma guerra comercial no setor tecnológico com a china. No início da década o presidente Barack Obama iniciou uma caçada aos equipamentos eletrônicos chineses com apoio da National Security Agency (NSA) - em português Agência de Segurança Nacional - que passou a interceptar cargas de moldem e roteadores de internet usadas no país com a suposição de que poderiam está sendo espionados, o serviço buscava encontrar microchips nos equipamentos.
Além desse pressuposto, a China tem avançado no desenvolvimento de novas tecnologias, o que tem tomado o mercado internacional e diminuindo o consumo de produtos norte-americanos.
Crescimento da Huawei no mercado mundial entre 2018 e 2019
A própria Huawei, que se encontra no centro do debate entre Brasil e EUA e para muitos países, especialmente na África e na Ásia, o preço da tecnologia da empresa, comparado a equipamentos europeus e americanos, indica que a companhia chinesa vai continuar a ganhar uma enorme participação no mercado global.
Em novembro de 2019, o Departamento de Interior dos Estados Unidos proibiu o voo de seus drones fabricados na China ou com componentes chineses, dispositivos que, segundo Washington, podem representar um risco à segurança nacional.
O secretário David Bernhardt “revisa o programa de drones” do departamento e “ordenou que os drones fabricados na China ou com componentes chineses sejam proibidos de voar”, explicou um porta-voz em comunicado nesta quinta-feira.
O Departamento de Interior possuía 810 drones: 786 fabricados na China e 24 nos Estados Unidos com peças chinas.
A empresa chinesa DJI é líder desta tecnologia, com 70% do mercado mundial.
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