POLÍCIA MILITAR AGRIDE SERVIDORES NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO CEARÁ

"É revoltante que um governo que se diz do campo popular ataque a democracia dessa forma: além de propor uma Reforma injusta e covarde, a ordem do Abolição é votar a toque de caixa e de portas fechadas."
Mulher agredida pela PM durante manifestação contra reforma da previdência do Ceará

Enquanto deputados da base governista correm contra o tempo para aprovar a reforma da previdência proposta pelo governador Camilo Santana, do lado de fora da Assembléia Legislativa do Ceará, a Polícia Militar usa da força contra servidores e servidoras que protestam contra as propostas.

Deputados aliados ao governo tentam antecipar a votação, segundo o deputado estadual Renato Roseno (PSOL), está havendo cancelamento de inscrições de parlamentares que ainda falariam na sessão, na prática isso adiantaria os trabalhos para o sufrágio.

Manifestantes em meio a nuvem de gás lacrimogênio

A Polícia Militar está no local cercando o perímetro da Assembléia, enquanto servidores e servidoras tentam adentrar a casa são atacados com uso de bombas de efeito e gás lacrimogênio, neste momento há pessoas feridas. A ordem que vem do Palácio da Abolição, segundo Roseno, é que a votação ocorra "a toque de caixa e de portas fechadas".

Veja os principais ponto da reforma da previdência do Ceará:

  • Idade mínima de aposentadoria de servidoras sobe de 55 para 62;
  • Idade mínima de aposentadoria de servidores homens sobe de 60 para 65;
  • Categorias como professor, policial e agente penitenciário têm idade mínima de aposentadoria reduzidas;
  • Pensão por óbito deixa de ser integral (100%) e passa a pagar 60% da média salarial;
  • Aposentadorias serão taxadas em 14% no valor que exceder dois salários mínimos;
  • Média salarial para definir valor da aposentadoria desconsidera 10% dos salários mais baixos.

Taxação de aposentadoria

Para um aposentado que recebe dois salários mínimos, a taxa de 14% no excedente, representaria o pagamento/desconto de 293 reais. Atualmente, pela regra, a contribuição é obrigatória somente para quem ganha acima do teto do INSS, de R$ 5,8 mil.

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