BOLÍVIA | A Camacho e Mesa: "Parem de humilhar a gente humilde", pede Evo Morales em áudio enviado ao MAS
"A Camacho e Mesa: não matem. Defendam a vida. Parem esse massacre. Parem de humilhar a gente humilde", pede Evo Morales em áudio enviado aos companheiros do MAS
Em áudio enviado na madrugada desta terça-feira, 12, aos companheiros do partido Movimiento al Socialismo (MAS), Evo Morales faz um apelo pedindo aos opositores golpistas Carlos Mesa e Luis Fernando “Macho” Camacho que parem com o “massacre” na Bolívia.
“No dia do golpe cívico, político e policial havia tantos mortos, tiros. A Camacho e Mesa: não matem. Defendam a vida. Parem esse massacre. Parem de humilhar a gente humilde”, pede o presidente no áudio.
Evo ainda agradece aos “companheiros” de governo e do MAS o cuidado que tiveram com ele durante o processo que levou ao golpe militar na Bolívia.
“Agradeço aos companheiros do MAS, a todos e a todas, por todo esse cuidado, por nunca me abandonarem e nunca os abandonarei. Muito obrigado. Logo estarei de volta com mais energia para trabalhar por nossa querida pátria”.
Refugiado
Após renunciar ao mandato para evitar um banho de sangue na Bolívia e ser caçado por opositores, Evo Morales desembarcou na madrugada desta terça-feira,12, no México, após viajar a bordo de um avião da Força Aérea mexicana.
De acordo com o governo mexicano, Morales poderá fazer a solicitação à Coordenadoria-Geral da Comissão Mexicana de Ajuda aos Refugiados (Comar), que emitirá uma resolução em até 45 dias.
A Secretaria do Interior ressaltou que a Secretaria das Relações Exteriores para já determinou a concessão do asilo político a Evo Morales. “A política de refúgio do governo do México é invariável e apegada aos princípios constitucionais e por razões humanitárias”, informou, em nota.
Golpe de Estado
O resultado da auditoria externa da OEA apontou indícios de irregularidades e recomendou o não reconhecimento dos resultados que deram a vitória a Morales no primeiro turno.
De imediato, Evo Morales anunciou que convocaria novas eleições. O candidato da oposição, Carlos Mesa, disse que não aceitaria nova eleição com o presidente concorrendo. À tarde, militares e polícia fizeram pronunciamentos “solicitando” a renúncia de Morales.
A ordem de prisão vinha sendo aventada desde então, embora formalmente não haja nem um processo de anulação das eleições, nem um processo criminal contra Morales ou qualquer membro de seu governo.
No início da noite, a presidenta e o vice-presidente do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia foram presos, supostamente por estarem envolvidos com as fraudes eleitorais atestadas pela OEA.
A situação foi denunciada internacionalmente como golpe de Estado. Carlos Mesa negou a hipótese e disse que a oposição garantirá a ordem constitucional.
Escalada de violência
A escalada de violência teve cenas como a da agressão em praça pública de uma prefeita ligada a Evo Morales e incêndios provocados nas casas de dois governadores do MAS e da irmã do presidente.
Ao anunciar sua renúncia, Morales disse que o fazia para evitar que os opositores seguissem cometendo atos de violência contra seus familiares e seus apoiadores.
A invasão da casa do próprio Morales em Cochabamba é um dos eventos de violência que se seguiram ao anúncio da renúncia.
Pelas redes sociais, um dos líderes da ultradireita boliviana, Waldo Albarracín, disse que sua residência em La Paz foi incendiada. Vídeos mostram uma casa em chamas no bairro Cota Cota.
Evo Morales durante Confêrencia de Imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, em 2018
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil/ND
Em áudio enviado na madrugada desta terça-feira, 12, aos companheiros do partido Movimiento al Socialismo (MAS), Evo Morales faz um apelo pedindo aos opositores golpistas Carlos Mesa e Luis Fernando “Macho” Camacho que parem com o “massacre” na Bolívia.
“No dia do golpe cívico, político e policial havia tantos mortos, tiros. A Camacho e Mesa: não matem. Defendam a vida. Parem esse massacre. Parem de humilhar a gente humilde”, pede o presidente no áudio.
Evo ainda agradece aos “companheiros” de governo e do MAS o cuidado que tiveram com ele durante o processo que levou ao golpe militar na Bolívia.
“Agradeço aos companheiros do MAS, a todos e a todas, por todo esse cuidado, por nunca me abandonarem e nunca os abandonarei. Muito obrigado. Logo estarei de volta com mais energia para trabalhar por nossa querida pátria”.
Refugiado
Após renunciar ao mandato para evitar um banho de sangue na Bolívia e ser caçado por opositores, Evo Morales desembarcou na madrugada desta terça-feira,12, no México, após viajar a bordo de um avião da Força Aérea mexicana.
De acordo com o governo mexicano, Morales poderá fazer a solicitação à Coordenadoria-Geral da Comissão Mexicana de Ajuda aos Refugiados (Comar), que emitirá uma resolução em até 45 dias.
A Secretaria do Interior ressaltou que a Secretaria das Relações Exteriores para já determinou a concessão do asilo político a Evo Morales. “A política de refúgio do governo do México é invariável e apegada aos princípios constitucionais e por razões humanitárias”, informou, em nota.
Golpe de Estado
O resultado da auditoria externa da OEA apontou indícios de irregularidades e recomendou o não reconhecimento dos resultados que deram a vitória a Morales no primeiro turno.
De imediato, Evo Morales anunciou que convocaria novas eleições. O candidato da oposição, Carlos Mesa, disse que não aceitaria nova eleição com o presidente concorrendo. À tarde, militares e polícia fizeram pronunciamentos “solicitando” a renúncia de Morales.
A ordem de prisão vinha sendo aventada desde então, embora formalmente não haja nem um processo de anulação das eleições, nem um processo criminal contra Morales ou qualquer membro de seu governo.
No início da noite, a presidenta e o vice-presidente do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia foram presos, supostamente por estarem envolvidos com as fraudes eleitorais atestadas pela OEA.
A situação foi denunciada internacionalmente como golpe de Estado. Carlos Mesa negou a hipótese e disse que a oposição garantirá a ordem constitucional.
Escalada de violência
A escalada de violência teve cenas como a da agressão em praça pública de uma prefeita ligada a Evo Morales e incêndios provocados nas casas de dois governadores do MAS e da irmã do presidente.
Ao anunciar sua renúncia, Morales disse que o fazia para evitar que os opositores seguissem cometendo atos de violência contra seus familiares e seus apoiadores.
Foto/Reprodução Twitter - Imagem da casa de Evo Morales após invasão
Pelas redes sociais, um dos líderes da ultradireita boliviana, Waldo Albarracín, disse que sua residência em La Paz foi incendiada. Vídeos mostram uma casa em chamas no bairro Cota Cota.
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