UM DESFILE DIFERENTE


Bolsonaro tenta se desvencilhar da impopularidade convidando personagens conhecidos do meio midiático a qual seu governo destina generosas fatias milionária em campanhas publicitárias, a participarem de eventos, como hoje, 7 de setembro, desfile cívico em comemoração a independência do Brasil.

Vendo sua popularidade cair e a avaliação do governo despencar como já era esperado, Bolsonaro adota estratégia para tentar elevar os números a seu favor, porém ao lado de Edir Macedo, é pouco provável que isso aconteça, já que os “fies” da IURD muito provavelmente ainda continuem acreditando que seu governo possa chegar a algum lugar além das famigeradas frases de efeito que, outrora deram certo, mas que hoje são fábricas de crises política, econômica, diplomática e ambiental.

A presença de figuras como o “Rei da IUDR”, dono do templo das riquezas, da abundância e prosperidade, voltada para ele próprio, Macedo é um verdadeiro ilusionista, alguém com poder de persuasão, para os fies, um verdadeiro coating.

As conjecturas acerca desse relacionamento “interamoroso”, transcende qualquer perspectiva que se ampara numa gestão para o povo, mas seguramente há muitos interesses econômicos que os cercam. Bolsonaro é alguém manipulável, Edir Macedo, o manipulador profissional, não à toa, é objeto de estudos acadêmicos sobre suas metodologias de controle social, manipulação do poder, análises de discursos sociocognitivos, retórica e até semiótica social.

Bolsonaro, hoje presidente, outrora fora afastado das forças armadas por insanidade mental, nada mais envolvente do que, ter um coating religioso e experiente para lhe dizer o que e como fazer, basta ver os discursos teocráticos que sempre faz, atacando principalmente a comunidade LGBTQI, velhas narrativas aprisionadas a trechos mal entendidos de um livro que ele mesmo não ler, aliás, o que ler esse povo? Nada.

Silvio Santos depois de velho tornou-se “cabo eleitoral”, seguidor de Bolsonaro, apresenta em sua emissora, as mesmas entrevistas com o clã, diversas vezes, talvez para reafirmar seu apoio e também receber a fatia do bolo público, que não é público para o público, apenas para uma minoria no topo da pirâmide que esmaga o pobre.

No desfile cívico, desfilou a “nobreza” da família miliciana, o laranjal de transações bancárias, o charlatanismo ou satanismo do príncipe criador do tempo do esbanjamento em detrimento do pobre coitado crente, a insanidade em forma de “gente” e faixa verde amarela, além de “tonho da lua” ou “pavão misterioso”, o vice “põe mesa”, não fede e nem cheira e, na rua da amargura a primeira “da-la-ma”, neta de traficante.

Faltou o Queiroz, cadê o Queiroz?

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