Lula encontra pai de Julian Assange e defende liberdade do cofundador do Wikileaks

Julian Assange está preso na Inglaterra desde abril de 2019. EUA pedem a extradição com base na Lei de Espionagem por ter publicado documentos secretos do governo americano. Para ONU Assange corre sério perigo de tortura e assassinato caso seja extraditado.
Foto: Reprodução Brasil 247

Brasil 247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira (6), a visita de John Shipton, pai de Julian Assange. O fundador do Wikileaks que está preso desde abril de 2019, em Londres, desde que foi expulso da embaixada do Equador.

O encontro entre Lula e o pai de Assange ocorreu na cidade de Genebra, na Suíça, onde Lula participa de uma série de encontros para discutir o enfrentamento à desigualdade. O ex-presidente, que esteve preso injustamente preso por 1 ano e 8 meses, fez questão de receber Shipton e se somar à onda de solidariedade ao fundador do Wikileaks.

Recentemente, amigos próximos de Assange relataram preocupação com o estado de saúde do ativista, que estaria em condições de tortura psicológica na prisão. Em fevereiro, Lula já havia entregado uma carta de Shipton ao Papa Francisco. Ele também assinou uma petição pela liberdade de Assange.

Julian Assange corre risco de tortura e assassinato

Os Estados Unidos pedem a extradição do fundador do Wikileaks com base na Lei de Espionagem por ter publicado documentos secretos do governo americano. Enquanto aguarda o julgamento do pedido, Assange está em um presídio de segurança máxima na Inglaterra.

O Relator Especial sobre tortura da ONU, Nils Melzer, falou em detalhes sobre as descobertas explosivas de sua investigação no caso do fundador do Wikileaks. Melzer é taxativo ao explicar por que o caso de Assange interessa a ele – e por que deveria interessar a todos que se importam com a democracia. “Julian Assange foi intencionalmente torturado psicologicamente pela Suécia, Inglaterra, Equador e pelos EUA”, diz.

“A coisa realmente horripilante nesse caso é a ilegalidade que se desenvolveu: os poderosos podem matar sem medo de punição e o jornalismo se transforma em espionagem. Está se tornando um crime dizer a verdade”.

Com informações da Agência pública

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