Em clara retaliação ao povo nordestino, Jair Bolsonaro corta o acesso das famílias ao programa bolsa família. Atualmente o nordeste responde a 36,8% das famílias cadastradas no programa único, porém apenas 3% dos novos benefícios do programa foram concedidos a região no mês de janeiro.
As famílias nordestinas no cadastro único sem acesso ao Bolsa Família somam 1,3 milhão de um total de quase 3,6 milhões em todo o país, situação de dezembro de 2019. Do total de famílias do Nordeste nessa condição, mais de 939 mil estavam na extrema pobreza.
Os nove estados da região fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro, portanto, foram concedidos menos benefícios, 3.025, metade do que foi liberado isoladamente ao estado de Santa Catarina, governado por Carlos Moisés (PSL) e que tem o terceiro maior PIB per capita do país.
Enquanto o Nordeste sofre com a vingança infantil de Bolsonaro, a região Sudeste ficou com 45,8% dos benefícios concedidos em janeiro, já o Sul, ficou com 29,3%, e o Norte, e a região Centro-Oeste com 15%, e o Norte com 6,8%.
Senadores pedirão ao Tribunal de Contas da União (TCU), auditoria para apurar a concessão dos benefícios.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), divulgou os números na sua rede social e comentou a disparidade e a inversão de prioridades do governo.
"Como relator do Bolsa Família, não concordo com o descalabro do programa. A inversão que passa a privilegiar o Sul, em detrimento de quem mais precisa, o Nordeste, deve ser corrigida pelo Congresso. Isso é nosso papel. Não sequestrar 30 ou 20 bi do orçamento, mesmo que por PLN."
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