Advogado de Bolsonaro disse que miliciano de estimação, Adriano, era um "Cidadão Inocente"

O advogado de Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, disse para a Folha de S. Paulo, que o miliciano de estimação, Adriano da Nóbrega era "um cidadão inocente que que foi brutalmente torturado e posteriormente assassinado"
Frederick Wassef, Advogado do clã Bolsonaro reunido com Flávio Bolsonaro, amigo pessoal do miliciano Adriano da Nóbrega, assassinado na Bahia e com fortes indícios de execução sumária.

O advogado de Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, defende que a investigação sobre a morte do ex-capitão do BOPE/RJ, Adriano da Nóbrega, seja federalizada e que o Ministério da Justiça seja acionado, ou seja, o advogado e seus clientes estão com receio de que a perícia encontre algo que possa incriminar membros do clã Bolsonaro.

Wassef, afirmou ainda que o miliciano de estimação da família Bolsonaro era um cidadão inocente e que o caso é “muitíssimo mais grave” do que o de Ágatha Félix, de 8 anos, morta por um tiro da PM no Complexo do Alemão no ano passado, assunto sobre o qual o presidente não se manifestou até hoje e que gerou comoção no país.

“Um cidadão inocente que foi brutalmente torturado e posteriormente assassinado, com a conivência de, certamente, altas autoridades”, disse Wassef nesta terça (18), procurado pelo Painel.

“A vida humana é preciosa e ninguém vale mais do que ninguém. Mas o que estou dizendo é que é absolutamente impossível e incomparável uma cena de perseguição policial em favela carioca e troca de tiro com uma situação de uma diligência com autorização e participação do governo da Bahia”, completou.

Com essas declarações o advogado abriu as portas e janelas da preocupação, expôs para quem quiser enxergar que é possível que haja nos celulares do miliciano de estimação do clã, algo que possa incriminá-los, e, portanto a única saída para esconder as provas é federalizando as investigações, ou seja, entregando a investigação nas mãos do "Capanga" Sergio Moro.

Contudo é possível perceber que há uma estratégia bem montada, mas nem tanto assim, para culpabilizar o governo da Bahia pela morte de Adriano, além da tentativa de descredibilizar o trabalho da perícia baiana mesmo antes de qualquer resultado.

O clã Bolsonaro encontra-se, neste momento, numa sinuca de bico, uma vez que as investigações nas mãos do governo petista pode trazer a tona a verdade sobre os relacionamentos da família com o seu miliciano de estimação. E pra piorar, segundo investigador da Polícia Civil: "Quem tinha interesse na morte do Adriano da Nóbrega era a família Bolsonaro."

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