Prêmio de consolação | Onyx poderá ser o terceiro chefe do MEC, a moeda de troca do Bolsonaro

Weintraub exagerou nas últimas esbórnias, e parece que despertou a ira do seu chefe, Bolsonaro não está satisfeito com sua atuação, além do mais soa um coro vindo de todas as regiões pela demissão do ministro que se lambuzou com os erros do ENEM e avacalhou com exame.
Abraham Weintraub, Onyx Lorenzoni e Bolsonaro

O ministério da Educação (MEC), é uma das pastas mais importantes de qualquer governo, mas no Brasil de Bolsonaro, além de ser tratada com claro desprezo, também serve ao presidente para negociar alianças e premiar amigos com cargos no jogo de cadeiras e não importa a quantidade de erros, pela terceira vez o acento pode ser ocupado por outro, dessa vez Onyx Lorenzoni

No governo das crises, após a dupla demissão do assessor da Casa Civil, Vicente Santini, em menos de 24 horas, na ausência do ministro Lorenzoni que estava de férias, Bolsonaro resolveu esvaziar a pasta, inclusive demitindo o chefe que como prêmio de consolação poderá ser transferido para o MEC, tudo isso para não comprar ainda mais briga com Rodrigo Maia, importante aliado a qual o governo come nas mãos na tentativa de avançar com as reformas neoliberais

O atual chefe do MEC, Abraham Weintraub, é o segundo a ocupar o posto em um ano. Antes o olavista Vélez Rodrigues em seus 38 dias no cargo, deu início ao processo de desorganização das estruturas do MEC, mas acabou demitido por “falta de expertise”, em seguida Weintraub tratou de continuar o desmonte da educação, declarou guerra à comunidade acadêmica e as universidades com medidas estapafúrdias, além de substituição de reitores, entre elas uma chama atenção pela forma ditatorial, a nomeação de Cândido Albuquerque para Universidade Federal do Ceará, um dos que menos recebeu voto na consulta pública para reitor da UFC. Cândido conseguiu menos de 10% do total de votos que o primeiro colocado, o professor Custódio Luis Silva de Almeida.

Weintraub anunciou como feito o piso nacional da educação, mas a verdade é que quem o criou foi Fernando Haddad e mesmo com ameaça do piso, o ministro não se articula para que o Congresso aprove a renovação do Fundeb, programa que aloca recursos federais aos estados. O Engessado chefe do MEC não promove qualquer inovação em sua gestão, contudo é presente nas redes sociais,  Abraham adora uma "piadinha" ideológica, mesmo que passe vergonha com erros de português, pasmem, o ministro da Educação não sabe escrever.

Mas nas últimas esbórnias, Weintraub exagerou e parece que despertou a ira do seu chefe, Bolsonaro não está satisfeito com sua atuação, além do mais soa um coro vindo de todas as regiões pela demissão do ministro que se lambuzou com os erros do ENEM e avacalhou com exame.

Com tanta bufonaria, não será espantoso se Bolsonaro realocar Onyx Lorenzoni na função de Weintraub, o embaraçoso é que para esse cargo há necessidade do mínimo de preparo técnico, que não é o caso de Lorenzoni. Médico veterinário, eleito deputado pela primeira vez em 2002, o que fazia era gerir a clínica veterinária da família. Na vanguarda da direita parlamentar, mostrou-se ativo, mas nunca teve afinidade com o tema da educação.




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