Em Lausanne, na Suíça a ativista sueca Greta Thunberg participou de uma mobilização que reuniu 10 mil jovens, discursou para o público e mandou recado ao presidente Jair Bolsonaro: “Escute a Ciência”.
O jornalista da UOL, Jamil Chade, acompanhou a movimentação do grupo que caminhou pelas ruas de Davos, foi o colunista quem perguntou se Greta tinha uma mensagem para Bolsonaro, a sueca respondeu em poucos palavras, “porém, carregadas por um forte recado”, relatou Chade.
O presidente é alvo de uma forte pressão internacional, se transformando num dos nomes mais citados em manifestações pelo clima no mundo. Bolsonaro é um exemplo de má gestão ambiental, o escárnio à Amazônia e sobre as mudanças climáticas, ancorado no negacionismo, se transformaram em uma imagem antagônica aos milhares de jovens que optaram por tomar as ruas de cidades pelo mundo, no último ano.
Greta incomoda e causa mal-estar nos líderes mundiais, sua presença e narrativa ataca enfaticamente o desempenho frustrante das nações em defesa do clima. Antes do embarque para Suíça, a jovem usou seu primeiro evento na Suíça para mostrar a força de sua mobilização.
O jornalista Jamil narrou os momentos: “Por quase duas horas, a "pirralha" de Bolsonaro era uma verdadeira gigante em meio a uma histeria comparada a um astro do futebol ou da música. Sempre com o semblante fechado, Greta e seu entorno mantinham um detalhado controle sobre tudo o que ocorria e a cada passo que dava. Ela se recusou a liderar a manifestação. Estava no meio de todos, longe das bandeiras e cartazes empunhados pelos estudantes locais que direcionavam a multidão pela cidade suíça. A mensagem que tentava passar era de que ela seria apenas uma garota a mais na massa de jovens que tomaram as ruas.
Com um gorro de lã, botas e uma luva surrada, Greta passou parte do percurso olhando para o chão. Praticamente não falou por mais de uma hora. Enquanto ela caminhava, o que se via em seu entorno era uma estrutura profissional. Três seguranças à paisana, observando constantemente tudo e todos.
Enquanto ela caminhava, as sacadas dos prédios antigos do centro de Lausanne se abriam. Nem o inverno rigoroso dos Alpes impedia que centenas de pessoas se debruçassem sobre suas janelas para esperar por Greta.
Foi assim quando ela passou diante de um hotel cinco estrelas e notou a presença de todos os garçons uniformizados numa sacada, com seus celulares apontados para ela. Mas também foi assim quando ela parou o trabalho de um escritório de um grande banco e levou seus funcionários a sair nas varandas para ver a celebridade. Numa casa funerária, as janelas também se abriram para ver Greta passar.
Ao seu lado, na rua, o que se via era um fluxo constante de jovens excitados diante da presença da menina. O empurra-empurra de alguns apenas terminava quando conseguiam o mais importante: uma foto do ícone daquela juventude.”
A influência de Greta sobre a juventude mundial que desperta olhares profundos às problemáticas acerca das mudanças climáticas é, sobretudo esplendorosa, uma vez que a necessidade de se debater e pressionar as nações por ações enérgicas e que realmente traduzam-se em resultados positivos, é urgente.
O Brasil caminha na contra mão das expectativas, o governo de Bolsonaro declara interesse na exploração das florestas, o que se traduz em desmatamento e desrespeito à vida. Diria que não só Bolsonaro "escutar a ciência", mas o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles também procurar estudar os efeitos do clima.
Vaias ao Brasil
Segundo Chade, vaias ao Brasil tiveram presença constante durante o protesto, “Um dos estudantes que tomou o microfone alertou sobre o desmatamento no país. E, diante dos jovens, alertou que a Suíça estava "recompensando" o governo Bolsonaro ao assinar um acordo de livre comércio com o Brasil, numa alusão sobre o acordo entre o Mercosul e o EFTA, o bloco europeu do qual faz parte a Suíça. "Tudo isso para que o preço da carne seja mais baixo aqui", denunciou. Os milhares de jovens ecoaram uma longa vaia ao governo brasileiro”.
Com informações do UOL
Ativista sueca Greta Thunberg
O jornalista da UOL, Jamil Chade, acompanhou a movimentação do grupo que caminhou pelas ruas de Davos, foi o colunista quem perguntou se Greta tinha uma mensagem para Bolsonaro, a sueca respondeu em poucos palavras, “porém, carregadas por um forte recado”, relatou Chade.
O presidente é alvo de uma forte pressão internacional, se transformando num dos nomes mais citados em manifestações pelo clima no mundo. Bolsonaro é um exemplo de má gestão ambiental, o escárnio à Amazônia e sobre as mudanças climáticas, ancorado no negacionismo, se transformaram em uma imagem antagônica aos milhares de jovens que optaram por tomar as ruas de cidades pelo mundo, no último ano.
Greta incomoda e causa mal-estar nos líderes mundiais, sua presença e narrativa ataca enfaticamente o desempenho frustrante das nações em defesa do clima. Antes do embarque para Suíça, a jovem usou seu primeiro evento na Suíça para mostrar a força de sua mobilização.
O jornalista Jamil narrou os momentos: “Por quase duas horas, a "pirralha" de Bolsonaro era uma verdadeira gigante em meio a uma histeria comparada a um astro do futebol ou da música. Sempre com o semblante fechado, Greta e seu entorno mantinham um detalhado controle sobre tudo o que ocorria e a cada passo que dava. Ela se recusou a liderar a manifestação. Estava no meio de todos, longe das bandeiras e cartazes empunhados pelos estudantes locais que direcionavam a multidão pela cidade suíça. A mensagem que tentava passar era de que ela seria apenas uma garota a mais na massa de jovens que tomaram as ruas.
Com um gorro de lã, botas e uma luva surrada, Greta passou parte do percurso olhando para o chão. Praticamente não falou por mais de uma hora. Enquanto ela caminhava, o que se via em seu entorno era uma estrutura profissional. Três seguranças à paisana, observando constantemente tudo e todos.
Enquanto ela caminhava, as sacadas dos prédios antigos do centro de Lausanne se abriam. Nem o inverno rigoroso dos Alpes impedia que centenas de pessoas se debruçassem sobre suas janelas para esperar por Greta.
Foi assim quando ela passou diante de um hotel cinco estrelas e notou a presença de todos os garçons uniformizados numa sacada, com seus celulares apontados para ela. Mas também foi assim quando ela parou o trabalho de um escritório de um grande banco e levou seus funcionários a sair nas varandas para ver a celebridade. Numa casa funerária, as janelas também se abriram para ver Greta passar.
Ao seu lado, na rua, o que se via era um fluxo constante de jovens excitados diante da presença da menina. O empurra-empurra de alguns apenas terminava quando conseguiam o mais importante: uma foto do ícone daquela juventude.”
A influência de Greta sobre a juventude mundial que desperta olhares profundos às problemáticas acerca das mudanças climáticas é, sobretudo esplendorosa, uma vez que a necessidade de se debater e pressionar as nações por ações enérgicas e que realmente traduzam-se em resultados positivos, é urgente.
O Brasil caminha na contra mão das expectativas, o governo de Bolsonaro declara interesse na exploração das florestas, o que se traduz em desmatamento e desrespeito à vida. Diria que não só Bolsonaro "escutar a ciência", mas o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles também procurar estudar os efeitos do clima.
Vaias ao Brasil
Segundo Chade, vaias ao Brasil tiveram presença constante durante o protesto, “Um dos estudantes que tomou o microfone alertou sobre o desmatamento no país. E, diante dos jovens, alertou que a Suíça estava "recompensando" o governo Bolsonaro ao assinar um acordo de livre comércio com o Brasil, numa alusão sobre o acordo entre o Mercosul e o EFTA, o bloco europeu do qual faz parte a Suíça. "Tudo isso para que o preço da carne seja mais baixo aqui", denunciou. Os milhares de jovens ecoaram uma longa vaia ao governo brasileiro”.
Com informações do UOL
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