Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, aposentado da PMRJ é suspeito de movimentar R$ 7 milhões em dois anos, segundo o Ministério Público do Rio. Fabrício Queiroz era responsável pelo gerenciamento da chamada "RACHADINHA" da Alerj
Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro na loja de chocolate apontada como fruto e uso para lavagem de dinheiro do esquema de rachadinha da Alerj
O maior hospital do continente, é também o mais caro da América Latina, o Hospital Israelita Albert Einstein é referência em atendimento e tratamento exclusivo a pacientes com diagnóstico de câncer. Não é qualquer um que pode pagar pelo tratamento neste hospital, afinal não é todo mundo que tem padrinhos como os do Fabrício Queiroz, ex-assessor do ex-deputado, hoje senador Flávio Bolsonaro.
Diagnosticado com câncer do colón (no intestino grosso), o famigerado Fabrício Queiroz fez seu tratamento e a cirurgia para retirada do tumor neste hospital. Entre final de dezembro e 8 de janeiro, o ex-motorista do gabinete da Alerj, desembolsou mais de R$ 133 Mil Reais, pagos em espécie, dinheiro vivo.
Mas não para por ai, o braço direito do então Deputado Estadual Flavio Bolsonaro, apesar de não ocupar mas o cargo de motorista/assessor na Alerj, onde recebia o salário de R$ 6 mil reais, ele recebe uma aposentadoria no valor de R$ 8,5 mil pelo posto de subtenente da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Queiroz alugou uma casa no famoso bairro do Morumbi, sabe onde? ao lado do centro médico, onde ele continua fazendo o tratamento.
Perguntaria a um policial da ativa ou aposentado, honesto, quando ele poderia pagar - em espécie - por um tratamento no valor de R$ 133 mil reais, mas não há a necessidade, as contas não batem, piora ainda mais quando considerado que o tratamento continua sendo realizado no mesmo hospital e que, além disso, há um aluguel pomposo em uma das áreas com metro quadrado mais caro de São Paulo.
Vale lembrar que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, aposentado da PMRJ é suspeito de movimentar R$ 7 milhões em dois anos, segundo o Ministério Público do Rio. Queiroz já havia sido identificado pelo antigo Coaf, as movimentações consideradas atípicas, somam-se em pelo menos R$ 1,2 milhão. De acordo com as investigações, Fabrício Queiroz era responsável pelo gerenciamento da chamada "RACHADINHA", quando funcionários fantasmas recebem salários e repassam parte dos valores aos contratantes.
O então deputado, hoje senador Flávio Bolsonaro está sendo investigado pelo chefiamento da quadrilha, segundo o MPRJ, o filho do presidente é responsável também pelas indicações, dessa forma, quem ele indicava, era contratado. Entre as contratações estão: Márcia Oliveira de Aguiar, cabeleireira de profissão, esposa de Queiroz, jamais chegou a frequentar a Assembléia; Nathália Melo de Queiroz, filha do ex-assessor, indicada a um cargo na assembléia, estudava Educação Física na Universidade Castelo Branco, a 38,7 quilômetros da ALERJ, mantinha emprego em pelo menos três acadêmias e também na assembléia, assim como sua irmã, Evely melo de Queiroz, manicure e pedicure. As três jamais retiraram seus crachás de funcionário de Flávio.
Fabrício mantém relações com milicianos do Rio de Janeiro, isso também pode explicar a fartura do "tio patinhas", uma vez que, outrora familiares de milicianos presos e foragidos - atualmente - também ocuparam cargos no mesmo gabinete, incluindo acusados de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
As estreitas relações políticas podem também explicar essa farra folgada de Queiroz, que por sinal, passou quase um ano sumido, até a ultima semana de dezembro, quando Polícia e MPRJ resolveram cair em campo e colher as provas da corrupção coordenada de dentro do gabinete de Flavio, com a ajuda indissociável do amigo da família Bolsonaro.
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