O 13 QUE PERSEGUE | QUEIROS RECEBEU R$ 2 MILHÕES DE TREZE ASSESSORES DE FLÁVIO BOLSONARO

A promotoria afirma que a rotina de centenas de saques nas contas bancárias de ex-assessores de Flávio Bolsonaro, foram destinadas a operadores financeiros, sem passar pelas mãos de Queiroz.
O ex-assessor Fabrício Queiroz e seu ex-patrão Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução 

De acordo com relatório do Ministério Público do Rio de Janeiro, servidores do gabinete do então deputado estadual, hoje senador Flávio Bolsonaro, repassaram valores ao ex-assessor Fabrício Queiroz por meio de transferência bancárias e depósitos bancários.

O treze que persegue

Queiroz teria recebido por meio de 482 depósitos o montante de R$ 2.062.360,52 de pelo menos 13 assessores subordinados ou indicados por Flávio Bolsonaro. Os valores constam no relatório da promotoria sobre a operação desencadeada nesta quarta-feira, 18, onde mandados de buscas e apreensões foram cumpridos nos endereços de Fabrício Queiroz.

O relatório do Ministério Público aponta que chegou ao após quebra de sigilo bancário, onde foi possível analisar as movimentações financeiras de Queiroz, decretada em abril e que atingiu o senador Flávio Bolsonaro.

A promotoria aponta também que a maior parte dos valores - cerca de 69% - foi repassado por depósito bancário de dinheiro em espécie, além de transferências e depósitos de cheques. O ex-assessor é considerado, pelos promotores, como o arrecadador dos valores desviados da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ).

Segundo MPRJ, foi identificado ainda outros R$ 900 mil em depósitos em espécie para a conta de Fabrício, totalizando quase 2,9 milhões, porém ainda não foi possível precisar pelo cruzamento de valores. A promotoria afirma que a rotina de centenas de saques nas contas bancárias de ex-assessores de Flávio Bolsonaro, foram destinadas a operadores financeiros, sem passar pelas mãos de Queiroz.

Investigação

As investigações foram divididas em quatro núcleos: O primeiro é voltado para o esquema conhecido como "rachadinha" em que o assessor de Flávio Bolsonaro seria responsável por indicações de assessores em cargos na ALERJ em troca de repassar parte dos salários. Isso porque Fabrício Queiroz, além de arrecadador, tinha a função de indicar familiares e pessoas de sua confiança.

Umas das pessoas indicadas, foi sua própria esposa, Márcia Oliveira de Aguiar, cabeleireira de profissão, jamais chegou a frequentar a Assembléia, porém ocupada - teoricamente - um cargo no gabinete de Fávio Bolsonaro.

Nathália Melo de Queiroz, filha do ex-assessor, indicada a um cargo na assembléia, estudava Educação Física na Universidade Castelo Branco, a 38,7 quilômetros da ALERJ, mantinha emprego em pelo menos três acadêmias e mesmo assim também "trabalhava" na assembléia, assim como sua irmã, Evely melo de Queiroz, manicure e pedicure. As três jamais retiraram seus crachás de funcionário de Flávio.

O segundo núcleo seria composto por agentes financeiros, responsáveis pelo recolhimento dos recursos e a garantia do cumprimento da carga de trabalho de funcionários fantasmas.

A família Queiroz teria recebido pelo menos 6,1 milhões e repassado ao menos 1,8 milhões para a conta de Fabrício, além de saques de 2,9 milhões que teriam sido entregues em mãos.

Com informações da revista crusoé e estado

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