Guerra ou Paz? Tolerância ou Morte? E você, o que escolhe?




Em 15 de Agosto de 2010, um jovem, Roney Soares, dezessete anos, homossexual, atendia por Natasha, natural e residente em Sobral, Ceará. Natasha era uma morena bonita e dificilmente era identificada pela sua opção sexual a qual, também, não costumava explicitar.
Neste dia deslocou-se a um evento festivo na cidade vizinha, Forquilha e lá, durante sua estadia, conheceu um rapaz chamado Guilherme, 17 anos, com quem se encantou e namorou por toda a tarde daquele domingo, desfrutando do momento romântico, aos beijos em praça pública, mas logo seu parceiro ficou sabendo de que se tratava de um travestir, a convidou para ir a sua casa, buscar uma câmera, mas na realidade mais um crime premeditado. Guilherme a assassinou com golpes de faca e mais um caso de homofobia se registra. O bandido não pagou pelo crime, por ser menor continuou em liberdade e hoje leva a vida como pequeno empresário na cidade de Tianguá/Ceará, local onde se refugiou e encontrou apoio familiar.

Esse é apenas um caso de homofobia dentre dezenas naquele ano e que vem tornando-se comum pelo Brasil, haja vista o crescente número da violência contra a comunidade LGBT, que só em 2014, Registrou 326 assassinatos, a cada 28 horas, um homossexual perde a vida vítimas da intolerância. No Ceará, 17 foi contabilizado no mesmo ano.

Cinquenta por cento dos assassinatos registrados no mundo contra travestis e transexuais, ocorreram no Brasil, que vive um momento sangrento, pois além de ocupar 16 posições, numa lista de 50 cidades mais violentas do mundo, também lidera o ranking mundial de violência contra homossexuais.

O problema se prolifera com a tentativa de substituição política-religiosa que se instaurou no Brasil, onde a pouca democracia tem sido suprimida pela teocracia. 
Fundamentalistas evangélicos declaram guerra a comunidade LGBT, disseminando o ódio entre seres humanos, julgando como Deus a opção sexual, de vida, deturpando a liberdade às várias formas de amar.
Apoiados pela extrema direita católica protagonizam transgressões as próprias normais, leis bíblicas, como livre arbítrio, sobrepondo apenas seus interesses, que na maioria das vezes resume-se a Atazagorafobia, medo de ficar longe do foco midiático.

O Fanatismo religioso tem pretensão ditatorial, dentro dos padrões consideráveis, segundo eles, aceitáveis pela sociedade, mas quais seriam esses padrões? Seriam aqueles que crucificaram Jesus, a intolerância ou estamos falando das sangrentas guerras religiosas pelo mundo?
Os padrões de comportamento moral sugeridos pelos senhores não deve servir de ímpeto para imposições fascistas, pois o ser humano tem liberdade para suas escolhas e essas independem das suas aprovações.

O estado é laico ou ao menos deveria, entretanto é irrisório pensar que no modelo político partidário, governista algo venha a ser feito em detrimento daqueles que o constrói. É inocência imaginar soluções benéficas, que contemple intelectualmente o povo, levando a construção de uma sociedade tolerante, igualitária e justa.

Lutar por um modelo educacional que fuja dos padrões atuais, que venha a formar indivíduos longe do conservacionismo, da competição, livre das amarras do estado, intelectuais formadores de suas próprias opiniões, sem o aprisionamento do mercado ou influências religiosas. Esse desapego é imprescindível para supressão de classes.



O caso citado no inicio da publicação é verídico.

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