Durante sua campanha o candidato a prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio salientou em uma das propostas a importância do ser humano respirar ar puro, ter uma cidade arborizada e mais verde, no entanto ao assumir o cargo adotou posicionamento contrário a sua própria proposta, indo na contra-mão do desenvolvimento sustentável, priorizando interesses pessoais e dos grandes empresários.
Em entrevista esta semana disse que seus projetos são para Construir a "Cidade do Futuro", mas como? Destruindo o maior parque de Área Verde da América do Sul?
Para a construção de Viaduto foram derrubadas mais de 130 árvores do parque do cocó, um verdadeiro retrocesso, quando hoje Fortaleza detém apenas 3% de arborização e a recomendação da OMS - Organização Mundial de Saúde e ONU - Organização das Nações unidas é de no mínimo 15% Por Cidade.
Ainda para essa construção não foram respeitadas posição como do IBAMA que em seu relatório oficial foi contrario a devastação da área que afetou também todo o ecossistema do mangue, que por hora reagiu durante a construção, afinal o Rio Cocó também afetado enchia diariamente as escavações onde toda área hídrica, de fauna e flora daria lugar ao concreto do "monstrengo".
Com isso Fortaleza perde parte do seu "túnel de ventilação", pois o Parque do cocó que consiste em Mangue, Fauna, Flora, Rio e Dunas é de fato o maior regulador de temperatura da Cidade, haja vista que dele provém 60% do vento que sentimos e desfrutamos.
Como Construir a Cidade do futuro retrocedendo?
Viadutos eram tidos como desenvolvimento nas décadas de 50 e 60, quando engenheiros e arquitetos viram nele uma solução para o trânsito crescente das grandes cidades, no entanto com o inchamento das vias com veículos, novos estudos mostraram que a saída para o problema de trânsito está de fato no investimento em transporte público, programas de mobilidade social e sustentáveis, proporcionando a desaglomeração de carros, substituídos por coletivos.
Arquitetos e Engenheiros modernos buscam novas alternativas por terem certeza de que viadutos podem funcionar por um curto período (3 a 5 anos) e depois tudo volta como antes, impreterívelmente a população cresce e junto com ela o número de veículos, seguindo a lógica 'quanto mais carros, mais viadutos' e vice-versa.
Grandes centros urbanos tem inclusive implodido seus viadutos, como ocorreu no fim de 2013 no Rio de Janeiro. São Paulo também estuda a implosão do minhocão, assim como ocorreu em Washington, EUA.
Outros aspectos que chamaram atenção no processo de discussão entre prefeitura e manifestantes que por 84 dias ocuparam o local, foram as mentiras ditas pelo prefeito "Cupim", governador Cid, seus aliados e seus amigos.
O projeto inicial falava apenas em melhoria da via, no entanto, como que "debaixo dos panos" foi transformado em um grande, caro e superfaturado viaduto.
O projeto previa derrubada de 94 árvores, que segundo a prefeitura eram da espécie Castanhola, exótica no ecossistema de mangue, no entanto, já nos primeiros cortes (antes da constituição do Acampamento #OcupeCocó) foram desmatadas 4 espécies nativas, entre elas o Cajueiro, que em visita ao acampamento, Cid Gomes teve a audácia de afirmar que essa era nativa da África, mostrando seu total desconhecimento ambiental, principalmente sobre ecossistemas Nordestinos.
Das 94 árvores, surgiu uma segunda proposta, que foi concretizada "ao quadrado" a derrubada de 134 árvores.
O prefeito falou também naquela época sobre reflorestamento, mas no ecossistema, uma vez devastado o local não se compensa, não é simples assim, haja vista a comprovação de que árvores adultas além de armazenarem CO2, nocivo a camada de ozônio, continuam capturando os mesmos, diferente do que se pensava até pouco tempo.
Essas foram algumas das muitas mentiras empurrada "guela abaixo" ao povo fortalezense.
Em seu mais novo projeto o prefeito "CUPIM" prevê a derrubada de pelo menos 280 árvores das avenidas Dom Luis e Santos Dumont, além das árvores da Praça Portugal no entanto insiste com a premissa mentirosa de replantio.
As árvores que segundo ele serão replantadas, são árvores adultas que em sua grande maioria, uma vez retirada, não sobrevivem a transplantes, pois são plantas de raízes longas e profundas. Além de tudo a própria prefeitura não tem pessoal para tal afirmação e se duvidar nem sabem de que espécies são. A Maioria são árvores nativas como o Ipê roxo.
Mais uma vez a prefeitura vai de encontro ao que diz a constituição de 1988, que afirma a importância de debates junto a população sobre qualquer intervenção que seja proposto. Não fala em imposição governista.
Não Existe diálogo, o que existe é uma tentativa desrespeitosa de devolver favores de campanha a grandes empresários, construtoras, empreiteiras que investem e recebem alto.
É Fácil encontrar obras principalmente de infraestrutura pela cidade, é como se nos primeiros anos a prioridade fosse sanar essas dívidas, que geram imposições e derramamento de dinheiro público.
Continuaremos Lutando pelo bem coletivo da população!
Não descansaremos, pois acreditamos que Só a Luta é Capaz de Mudar!
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